Desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus, uma corrida mundial em busca de máscaras cirúrgicas de proteção fez com que elas sumissem das prateleiras.
O excesso de demanda e tremenda escassez ainda dura em alguns centros hospitalares, onde seu uso é imprescindível. O motivo de não recomendá-la por parte de das Instituições Governamentais, entretanto, é outro, ao menos teoricamente. Os conselhos oficiais da OMS são usar máscara cirúrgica, a mais simples, somente se você tiver sintomas, já que não foram feitas para evitar que se aspire o vírus, e sim para que as gotículas de saliva de um portador não cheguem a outras pessoas. As que possuem filtro — a N95, evitam que o vírus entre no sistema respiratório, mas seu uso só é recomendado para pessoas que tenham que cuidar de doentes. Por isso são as que os médicos costumam usar.
Nesse momento, a recomendação é que a população faça em casa máscaras improvisadas. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem defendido, que a população fabrique suas máscaras caseiras como forma de aumentar a “barreira física” contra o vírus. Ou seja: ainda não que não sejam tão eficientes como as profissionais, elas podem aumentar o nível de proteção se forem usadas corretamente.
Para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
Máscara de tecido comum é 100% segura?
Não é. Mesmo assim, a recomendação é usar máscaras caseiras — e seguir com outros cuidados, como lavar sempre as mãos, evitar ficar tocando olhos, bocas e nariz e manter cerca de 2 metros de distância de outras pessoas quando estiver na rua. Acontece que os tecidos que temos em casa não possuem a trama fechada o suficiente para barrar pequenas partículas com o vírus para o ambiente, mas elas ajudam a impedir que partículas maiores entrem no seu organismo.
Outro cuidado importante ao usar máscaras (caseiras ou industrializadas) é evitar ficar ajeitando o acessório no rosto o tempo todo. “Na máscara caseira, a modelagem feita sem medidas específicas contribui para que o ajuste no rosto seja ruim, deixando a pessoa em risco se ela levar a mão ao rosto a toda hora”, avalia o infectologista Leonardo Weissmann, conselheiro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia).
Máscara de tecido devo ou não usar?
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